Se você está começando a investir em Fundos de Imobiliários (FIIs), certamente já se deparou com FII de Papel e FII de Tijolo. Embora ambos ofereçam oportunidades de investimento no mercado imobiliário, suas características e dinâmicas de retorno podem ser bastante distintas.
Neste artigo, vamos entender a diferença entre FII de Papel e FII de Tijolo, exemplos de cada tipo de fundo e como eles se encaixam em diferentes estratégias de investimento.
O que são FII de Papel e Tijolo?
Os FII de Papel e Tijolo representam abordagens diferentes para investir no mercado imobiliário, cada um com suas próprias características e vantagens.
Entender a diferença entre eles é crucial para tomar decisões de investimento informadas e alinhadas com seus objetivos financeiros.
FII de Papel: Investindo em Créditos Imobiliários
Os Fundos Imobiliários de Papel são aqueles que investem predominantemente em ativos financeiros relacionados ao mercado imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).
Em vez de adquirir propriedades físicas, esses fundos direcionam seus recursos para o financiamento de empreendimentos imobiliários ou aquisição de dívidas lastreadas em imóveis.
No contexto dos FII de Papel, os investidores adquirem cotas do fundo e recebem retornos principalmente na forma de juros e amortizações dos ativos financeiros que compõem a carteira do fundo.
Esse tipo de fundo é conhecido por oferecer rentabilidade atrativa e baixa volatilidade, sendo uma opção interessante para quem busca fluxo de renda estável e proteção contra oscilações do mercado imobiliário.
Exemplo de FII de Papel:
- MXRF11 – Maxi Renda: Este fundo é conhecido por sua gestão ativa na alocação de CRIs, buscando proporcionar uma rentabilidade atrativa aos seus cotistas através de uma carteira diversificada e bem gerida.
Para se aprofundar mais nos FIIs de Papel, recomendo ler este artigo.
FII de Tijolo: Investindo em Ativos Imobiliários Físicos
Já os Fundos Imobiliários de Tijolo são aqueles que investem diretamente em ativos imobiliários físicos, como edifícios comerciais, shoppings, galpões logísticos, entre outros.
Ao adquirir cotas de um FII de Tijolo, os investidores se tornam proprietários de uma fração desses imóveis e compartilham dos retornos gerados por eles, como aluguéis e valorização do patrimônio.
Os FII de Tijolo são populares entre investidores que buscam exposição direta ao mercado imobiliário e desejam se beneficiar da rentabilidade potencial proporcionada pelos imóveis físicos. Além disso, esses fundos oferecem diversificação e liquidez, uma vez que suas cotas são negociadas em bolsa de valores.
Exemplos de FII de Tijolo:
- HGLG11 – CSHG Logística: Este é um dos FII mais reconhecidos no segmento de logística, investindo em galpões industriais e logísticos bem localizados, visando proporcionar renda passiva e valorização de patrimônio aos seus cotistas.
- XPML11 – XP Malls: Como um dos principais FII de shoppings centers, o XPML11 detém participação em diversos shoppings por todo o Brasil, buscando oferecer rentabilidade estável proveniente dos aluguéis dos espaços comerciais.
Para se aprofundar mais nos FIIs de tijolo, recomendo ler este artigo.
Conclusão
Ao decidir entre investir em FII de Papel ou FII de Tijolo, é essencial considerar seus objetivos de investimento, tolerância ao risco e horizonte de tempo.
Enquanto os FII de Papel oferecem rentabilidade estável e baixa volatilidade através de ativos financeiros, os FII de Tijolo proporcionam exposição direta ao mercado imobiliário físico, com potencial de valorização e renda passiva proveniente dos aluguéis.
Antes de investir, é recomendável fazer uma análise detalhada de cada fundo, avaliando sua estratégia, gestão, histórico de performance e perspectivas do mercado imobiliário. Dessa forma, você estará melhor preparado para tomar decisões de investimento informadas e alinhadas com seus objetivos financeiros.
Lembre-se sempre de consultar um profissional especializado em investimentos antes de tomar qualquer decisão.